O Fórum segue a tradição iniciada com
o movimento Madres da Plaza de Mayo, da Argentina, durante um dos Congressos das
Madres, que são marcados pelo debate realizado por um grande número de
militantes dos movimentos sociais da América Latina. O Fórum, surgido em um dos
Congressos, tem a intenção de promover um diálogo onde as idéias, questões e
propostas circulem sem os caminhos específicos de apresentação de trabalhos
somente. No Brasil, o Fórum avança na Luta Antimanicomial, iniciada no Brasil em
fins da década de 1970 pelo Movimento Nacional de Luta Antimanicomial e pelo
Movimento de Reforma Sanitária, após denúncias de violações aos direitos humanos
em pessoas internadas em instituições psiquiátricas no Brasil no ano de
1978.
A cidade de São Paulo não foi
escolhida de maneira aleatória. O Estado possui desde as primeiras mobilizações
pela Luta Antimanicomial e pela Reforma Psiquiátrica, importantes ações de
militância política. O momento atual foi interpretado por muitos, como de
extrema importância para a realização do I Fórum Brasileiro de Direitos Humanos
e Saúde Mental, na capital paulista. Em consequência da questão do crack, São
Paulo vive sérios dilemas que podem levar a um retrocesso no modelo de atenção
destinado a essa população. Diferentes movimentos sociais estão envolvidos no
debate. O Fórum servirá para fortalecer e estreitar ainda mais as lutas dos
movimentos sociais em defesa dos princípios da Luta Antimanicomial, da Reforma
Psiquiátrica, dos Direitos Humanos e do Sistema Único de Saúde (SUS).
Retirado do site da ABRASME: http://www.direitoshumanos2013.abrasme.org.br/site/capa